Esse foi o livrinho que recebi na aula de Yoga que fui... E olha, era realmente o que eu estava precisando... Eu começei a pensar muito em como eu me critico e culpo diante das coisas e diante de mim mesma. A frase predileta das pessoas pra mim é "Nossa, você se cobra demais", e eu penso "será que eu estou maluca?", porque a minha lógica é a seguinte: se uma pessoa se cobra , significa que ela vai mais longe, certo?Porque ela dá o máximo de si em tudo o que faz...Certo? Quando vemos uma pessoa perfeccionista, que está o tempo todo se pré-ocupando com todos pensamos "Puxa!Ela se esforça mesmo!", achamos que ela é um exemplo porque preocupação é sinal de que a pessoa quer fazer melhor... Errado! A pessoa acaba ficando presa a sua própria perfeição inalcançável, e quando não consegue realizar um feito maior ao esperado por todos, dá com a cara na parede e se frustra...
Chegou um ponto em que eu estou tão cansada de me criticar por não ser boa o suficiente para mim e para os outros, que eu simplesmente cansei. Resolvi deixar fluir... A minha mãe sempre foi muito crítica quanto a mim, e até hoje continua repetindo os mesmos feitos. Se eu faço algo, ela está sempre insatisfeita, nada que eu faço é bom o suficiente para ela, e eu acabei comprando isso pra mim, acreditando que só ela é boa o suficiente para indicar o "caminho certo para mim". Mas uma mãe que está o tempo inteiro te criticando não é a coisa certa... E principalmente, uma mãe que depois do filho estar adulto pergunta se ele escovou os dentes está enviando claramente a seguinte mensagem "Eu não confio em você, e nem na criação que te dei", porque se ela confiasse, não ficaria repetindo o que repetiu durante toda a criação do filho, e se não deu certo naquela época, é certo que não dará certo agora e nem NUCA, porque o filho tomou horror a isso, e vai passar a repetir constantemente os erros que ela apontar, seja por birra ou seja por ter cansado de tentar agradar aos outros.
Hoje eu tive que ter muita coragem, porque pedi um determinado biscoito a minha mãe, e pedi que ela trouxesse para mim. Ela disse que iria olhar em uma determinada loja, e trouxe um biscoito hororroso, que eu não gosto e simplesmente começou a gritar comigo, como se eu fosse a culpada, e insistiu no fato de que eu insisti para que ela trouxesse o tal do biscoito! E eu não sei porque eu fui tomar satisfações com ela e acabei caindo numa crise de choro! Eu parei no meu quarto e pensei: "O que está acontecendo comigo?Por que eu estou chorando dessa maneira? É só um biscoito!", mas aí percebi que o buraco era mais embaixo...Como esotu me trabalhando, estão emergindo os padrões que eu tenho que trabalhar em mim, e "de repente", como se já não bastassem os anos de repressão, eu me vi sentindo uma fúria terrível da minha própria mãe, o que é um suplício, porque quem quer detestar uma pessoa que tem q conviver e que é a fonte primária de amor??Vai entender...O que eu sei, é que depois de tanto pensar, Eis que veio minha mãe me dar uma barrinha de chocolate Suflair (que by the way eu ATOOOROOOON)... Dá pra entender? São coisas que ficam presas dentro da gente, mas que precisamos deixar sair! Pra que nos transformemos em novas pessoas, que são confiantes em si mesmas e suficientes para si e para todos... Felizes sem exagero, usando o máximo do seu potencial interno pra viver!
Enfim... Perdoar, perdoar, perdoar e perdoar! Quem tem culpa dos acontecimentos num sou eu e nem ninguem, certo?? Agora é seguir com a vida, rumo a um novo destino!
By the way, hoje eu estava assistindo o filme "Quem Somos Nós", e ele travou bem na hora que a minha mãe chegou em casa! Incríveu, né?Nem consegui terminar de ver... Mas o resumo da coisa é o seguinte: nós temos o comando e domínio do nosso corpo, e não o corpo sobre nós, quando há um descontrole emocional, é sinal de que ou estamos habituados a ele ou estamos viciados em sentir isso, portanto, AMEM-SE! Esse é o melhor remédio! E desapegue-se de resultados! Eu fiquei querendo ir napadaria para comprar o biscoito e me afogar nele, mas de que adiantaria? O que eu quero provar? E para quem? Nãso preciso provar nada, eu sou o que eu sou!
Até mais!
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